Foto: Novos Horizontes - Bruno Henriques
Muito se tem falado em Santa Rita sobre a nova administração municipal. Foi de sopetão, quase que de uma hora pra outra, que o novo prefeito, Paulinho da Cirvale assumiu o cargo máximo do poder executivo da cidade. Todos em clima de mudança, de novos horizontes e alegria.
Mas não é bem assim. O novo prefeito tem uma tarefa um tanto quanto ingrata pela frente. Ele aceitou ser prefeito de uma cidade falida. As perguntas são muitas, mas todas merecem nossa atenção e apreciação:
- Gerar dinheiro: a câmara vem discutindo a possibilidade de vender terrenos, prédios públicos e bens públicos para arrecadar dinheiro à prefeitura, neste momento tão desesperador. Será que queremos ver subtraídos os nossos bens (afinal, são públicos), para pagar dívidas?
- Alianças: mudanças não são bem vistas. Ninguém quer perder o status-quo. Como será Paulinho, você vai bater de frente e correr o risco de travar a cidade, ou vai se aliar aos velhos hábitos, para não perder os votos?
- Enfeitar a cidade: o Palinho vai querer se reeleger. Ele precisa mostrar serviço, mas em quatro meses antes da eleição, o máximo que ele consegue é uma maquiagem. Limpar as ruas, tapar os buracos e fingir que tudo está melhorando. Dá pra fazer isso com o mínimo de seriedade?
Na verdade, o que precisamos é compromisso! Nós precisamos economizar, parar com as falcatruas, desvios de dinheiro, combustível, etc. Inclua-se nisso o imediato arquivamento da idéia maluca de abrir um restaurante popular. Desde novembro/2007 estamos pagando aluguel, falta um monte de recursos, não é possível que essa idéia vá pra frente.
Ouvi um vereador falar que o "povo" quer esse restaurante popular. Qual povo? Quem ele está representando ali? Será que a política da esmola, mesmo sabendo que há várias outras necessidades urgentes, é a melhor política a ser adotada?
Pensemos meus amigos.
Por enquanto, transcrevo aqui uma frase que li, escrita em Pouso Alegre, num muro perto da rodoviária: "Viva a santa ignorância desse povo retardado".
Boa sorte.
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